quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tímida, mas importuna apreensão


Pelo visto a mais nova “peste globalizada” chegou mesmo a Londrina. Até pouco tempo atrás não passava de uma mazela distante, que assolava os países da América do Norte e da Europa, hoje, essa é uma realidade presente. De fato, este é o assunto mais recorrente nas rodas de amigos, entre os passageiros dos ônibus, os idosos nas praças. As várias pessoas usando máscaras ao andar pelo calçadão, os cerca de 300 atendimentos diários de casos suspeitos no Pronto Atendimento Municipal só ratificaram, o medo começou a rondar a cidade.
Medidas visando conter a disseminação do vírus foram tomadas em todo o Brasil, por aqui não foi diferente, escolas municipais, a rede estadual e particular de ensino, a UEL e as demais universidades e faculdades suspenderam suas atividades. Não que eu esteja desmerecendo ou questionando a eficácia de tais ações, mas os shoppings continuam lotados, os coletivos (e eu digo por experiência própria) seguem pingando gente! Será que não restou nenhuma proposta a ser aplicada nesses casos? Não estou defendendo que todos fiquem trancados em suas casas, que as pessoas deixem de se abraçar ou beijar ou que se instaure uma grande paranóia, no entanto, é fácil compreender que esses locais representam perigo de contágio tanto quanto as instituições de ensino.
Chega a ser engraçado, instalou-se entre a população um incômodo receio em relação àqueles que, mesmo de longe, espirram, tossem ou levam um lenço de papel ao nariz. Semana passada não pude evitar de sentir uma pontinha de raiva de uma senhorinha que sentou-se perto de mim no ônbus, a infeliz tossia repetidas vezes, e sem ao menos pôr a mão na boca! É, nem todos estão a par ou são sensíveis ao que está acontecendo, e nem todos aprenderam quando pequenos que esse tipo de coisa é falta de educação.
Só sei que essa pandemia vem dando o que falar, eu não nego, também sinto certo temor. Temor em saber que isso agrava ainda mais a situação da já debilitada saúde pública brasileira, temor ao assistir casos tão tristes de pessoas jovens morrendo e famílias sendo desfeitas. Mas fatalidades acontecem, essa não foi a primeira, e creio que nem será a última doença de proporções globais a acometer o homem. Torçamos para que tudo entre nos eixos novamente, para que os danos sejam os mínimos possíveis e para que não sejamos as próximas vítimas. Eu, hein! =O

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