sábado, 17 de julho de 2010

Sobre minhas falhas enquanto estudante


Eu estava querendo algo que me desse respaldo, algo que legitimasse minha conduta, me livrasse de algumas obrigações e ao mesmo tempo trouxesse paz. Não encontrei nada senão as censuras de minha auto-condenação. É que eu cansei, sabe? Cansei das cobranças que incidem sobre estudantes medianos. Sim, eu sou um aluno medíocre. Não me comprometo, não leio bibliografias, estudo a poucos minutos antes das provas e às vezes nem estudo. Gostaria de frequentar disciplinas optativas, participar de projetos de pesquisa, escrever nesse blog de forma decente, atuar mais como um ser pensante em plena vida universitária. Mas isso exige o tempo de que não disponho. Aliás, faço minhas as palavras de Viviane Mosé, digo que ando exercendo instantes.
Tão ligeiros têm passado os meus dias que volta e meia esqueço na cama a força e a disposição. Há que se trabalhar, render, prestar contas, pagar contas. Família e amigos estão aí e reclamam atenção. A solidariedade tem que acontecer eu faço questão disso. Viver implica uma versatilidade capaz de transtornar e fadigar qualquer um. Exige-se sorriso, abraço, irreverência, presença. Momentos depois, prudência, sisudez, responsabilidade. Daí que por não saber lidar com tantas variantes, acabo relegando o que deveria ser prioridade.
Talvez eu me arrependa por ser tão negligente. Prefiro acreditar que, assim como aprendemos, somos seres adaptáveis. Quanto tempo leva esse período de adaptação? Não sei. O meu tem se arrastado já há um ano e meio.