quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Eu? Incógnita.


Para muita gente falar de si mesmo não é tarefa fácil. Alguns são ótimos em análises psicológicas alheias, mas esmorecem quando se trata de reconhecer os próprios defeitos ou simplesmente fazer uma breve leitura do seu ser. Definitivamente, eu não sou desses. Ao contrário, às vezes despendo tanta atenção explorando o que me faz mal ou superestiamando os meus complexos que vez ou outra ouço: “credo, cadê sua auto-estima?”.
Não, esse não será mais um texto em que eu abordarei minhas desventuras, lembrarei com carinho e saudade as coisas passadas ou traduzirei meu estado de espírito. Por hoje está de bom tamanho uma reflexão introspectiva acerca de mim mesmo.
Àqueles que não me conhecem, apresento-me, Danylo, 19 anos. Dispenso mais descrições, mesmo assim, vale salientar, não sou o tipo de cara que por onde passa monopoliza as atenções femininas. Não cultivo um corpo atlético e muito menos sou um desportista, apesar de eu já ter me aventurado em bater uma bolinha e terminar de maneira digna uma partida de voleibol. As pessoas dizem que sou desengonçado, que não me veem desenvolvendo uma atividade física sem arrancar risos de quem está por perto. Acho que elas me convenceram disso e em parte estão certas, ultimamente tenho sido um perfeito sedentário.
Nota-se em mim uma ansiedade que às vezes chega a ser exacerbada. Eu bem que tento dosá-la da melhor maneira possível, mas nem sempre obtenho êxito. Esse, inclusive, foi um dos motivos pelos quais fui parar na terapia quando pré-adolescente. Não poderia deixar de mencionar a minha capacidade de dramatização, é claro que faço uso dessa habilidade em junção com o humor. “-Fulana está enjoada. -Ih, deve estar grávida!”. “-Acho que não vou te ver amanhã. – Está me evitando, certeza!”. :D
Trabalho 220 horas mensais com algo que não tem nada a ver com minha área de formação. Isso por algumas centenas de reias que no fim do mês eximem minha família de gastar ainda mais com a minha existência (dessa vez não estou dramatizando!). Não escrevo tão bem quanto a maioria dos alunos da minha sala e estudo sempre nas vésperas de provas. No primeiro semestre me rendi ao sono em plena aula pelo menos duas vezes, talvez por conta disso eu também não tire as melhores notas. Ah! Só para mencionar, eu não tenho a mínima ideia de qual linha jornalística desejo seguir. Todavia, estou sossegado quanto a isso, já que conheço alunos do segundo e terceiro ano que ainda carregam dúvida similar.
Há quem me julgue alguém sem sal nem açucar, uma passoa previsível. Há quem me ache engraçado e valorize o fato de eu curtir um acalorado debate. Uns dizem que sou implicante e volta e meia possessivo. Outros me consideram um bom amigo, companhia para todas as horas. Não corresponder a certas projeções pode ser decepcionante, mas juízos de valores pouco importam. Todos sabemos que é no recôndito de nosso ser onde fica guardado o melhor de nossa essência. O que destilamos para aqueles que estão à nossa volta é apenas parte do que realmente somos.
As incertezas são muitas e constantes, a insegurança acerca do futuro é recorrente. Mas o fato de eu ter o tímido vislumbre de quem quero ser e onde quero chegar já um bom indicativo de que estou no caminho certo.

3 comentários:

  1. DAnn.. cada um tem uma visão sobre algo ou alguem. Não pode se comparar isso como se fosse mau ou bom. Uma coisa é certa, e todas as pessoas que você perguntar irão falar, mesmo não gostando de você; Você é uma ótima pessoa com um coração enorme. Isso já basta para seu sucesso, o resto a gente aprende. =)

    kiko

    ResponderExcluir
  2. Nossa, ficaria aqui um tempão descrevendo todas as suas qualidade (e por que não, defeitos também)... mas quem sou eu pra julgar alguém. Acho que a graça na vida é descobrir que ninguém é igual a você, e que todos tem suas dúvidas existenciais de vez em quando (outras quase sempre, rs). Mas com o passar do tempo, as coisas vão se ajeitando e outros problemas virão. Então relaxe. Ninguém é perfeito mesmo!
    PS: Pena que não vi você jogar. Mas quem falou mesmo que o importante é participar...
    ;-)

    ResponderExcluir
  3. Danylo,
    Ótimo texto.
    Porém, digo que não quero ver você
    correndo atrás de atender as expectativas
    alheias. Você é único, pessoa maravilhosa,
    grande amigo, que merece centenas de elogios
    todos os dias pelo seu bom caráter.
    Portanto, quero mais do que nunca o Danylo
    que eu conheço: o implicante, engraçado,
    briguento e que adora me chamar de "Pom" só
    para me deixar com raiva! rsrsrsrs


    Grande beijo!

    Lembre-se: Você é ÚNICO!

    ResponderExcluir