
Você se surpreenderia se eu te fizesse uma proposta absurda? Tão indecorosa quanto gargalhadas em meio ao caos? Você estranharia se eu dissesse que já não tenho a mesma vontade de perseguir velhos sonhos? Você condenaria a minha inconsequência se eu resolvesse parar com tudo isso? É que estou cansado, sinto que meus pés vacilam e que a mente anela por novos ares.
Não sei você se entregaria a tal loucura, mesmo assim insisto na pergunta. Vem comigo? O lugar exato ainda é desconhecido, e o que faremos quando chegarmos lá quem vai decidir é o acaso. A única coisa de que tenho certeza é que não quero prazo para voltar ou preocupações que importunem minha mente. Pense em como seria fantástico! Sumiríamos bem cedinho, antes mesmo de o Sol raiar. Aos nossos queridos, diríamos apenas que decidimos dar um tempo, explicaríamos que os nossos celulares permaneceriam desligados, mas que ficaríamos bem.
Pelo caminho, observaríamos as montanhas e os olhares daqueles que habitam os vilarejos que circundam as auto-estradas. Isso é tão estimulante para você como é para mim? Ah, só em pensar que nossos credores encontrariam a casa vazia quando viessem nos procurar... Que ligariam repetidas vezes e em vão deixariam mensagens na secretária eletrônica... Sinto-me envolto num lampejo da mais perfeita paz só em me imaginar adormecendo e acordando ao seu lado. Enquanto estivéssemos lá o tempo escorreria por nossos dedos, e nós, é claro, não atentaríamos para qualquer coisa desse tipo, já que seríamos o bastante um para o outro.
Depois que estivéssemos refeitos, cheios da perspicácia necessária para enfrentar a insanidade que há por aqui, nós arrumaríamos nossas malas e compraríamos um simpático souvenir. Só então, já com a saudade característica dos dias belos, retornaríamos às nossas atividades habituais. No entanto, faríamos um juramento, eu prometeria que a essa fuga seria repetida sempre que preciso fosse, e você, aceitaria me acompanhar por onde quer que eu fosse.
Não sei você se entregaria a tal loucura, mesmo assim insisto na pergunta. Vem comigo? O lugar exato ainda é desconhecido, e o que faremos quando chegarmos lá quem vai decidir é o acaso. A única coisa de que tenho certeza é que não quero prazo para voltar ou preocupações que importunem minha mente. Pense em como seria fantástico! Sumiríamos bem cedinho, antes mesmo de o Sol raiar. Aos nossos queridos, diríamos apenas que decidimos dar um tempo, explicaríamos que os nossos celulares permaneceriam desligados, mas que ficaríamos bem.
Pelo caminho, observaríamos as montanhas e os olhares daqueles que habitam os vilarejos que circundam as auto-estradas. Isso é tão estimulante para você como é para mim? Ah, só em pensar que nossos credores encontrariam a casa vazia quando viessem nos procurar... Que ligariam repetidas vezes e em vão deixariam mensagens na secretária eletrônica... Sinto-me envolto num lampejo da mais perfeita paz só em me imaginar adormecendo e acordando ao seu lado. Enquanto estivéssemos lá o tempo escorreria por nossos dedos, e nós, é claro, não atentaríamos para qualquer coisa desse tipo, já que seríamos o bastante um para o outro.
Depois que estivéssemos refeitos, cheios da perspicácia necessária para enfrentar a insanidade que há por aqui, nós arrumaríamos nossas malas e compraríamos um simpático souvenir. Só então, já com a saudade característica dos dias belos, retornaríamos às nossas atividades habituais. No entanto, faríamos um juramento, eu prometeria que a essa fuga seria repetida sempre que preciso fosse, e você, aceitaria me acompanhar por onde quer que eu fosse.
“E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada”