domingo, 13 de setembro de 2009

Poderia ser, mas não é.


Seria simples continuar caminhando se as pedras do caminho não houvessem ensinado a dor dos calos.
Seria fácil o desapego se o telefone não insistisse em tocar, ou se as noites trouxessem consigo apenas o sono.
Seria prazeroso ouvir as mesmas músicas se os versos não fizessem assim tanto sentido.
Seria divertido rir de uma última piada obscena, a menos que nossas vidas não fizessem parte de um livreto de humor grotesco.
Poderia ser simples, fácil, prazeroso, divertido, mas nada há entre nós que sequer beire esse estado de coisas. E tudo isso porque eu sou como sou, você é simplesmente você, e a vida, ela jamais altera as regras do jogo.

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